Professor entende que os resultados alcançados por si só justificam a sua manutenção
Um das mais aplaudidas iniciativas do então secretário de estado da Educação, professor Luiz Antônio Barreto em 1998 foi a introdução na Grade Curricular na chamada Parte Diversificada das disciplinas Sociedade & Cultura (5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental) e Cultura Sergipana na última série do Ensino Médio). Estavam dadas as condicionantes para incluir a temática dos elementos sergipanos na sala de aula.
Junto a elas foram produzidos um amplo conjunto de recursos didáticos e midiáticos, como CD’s, vídeos (VHS/DVD’s) e livros, que municiaram os profissionais do magistério (geralmente professores habilitados em História) escalados para assumir estas disciplinas. Uma farta bibliografia foi disponibilizada, inclusive com a elaboração de parâmetros curriculares para as disciplinas.
Indiscutível dizer que algumas conquistas no campo da cultura advêm em parte desta pedra fundamental plantada na gestão do governo Albano Franco (1995/2002), tais como a realização do I Encontro Nacional de Educação Patrimonial (São Crisstóvão, 2005), o Campos da Cultura em Laranjeiras (2007) e a escolha da Praça São Francisco como Patrimônio da Humanidade pela Unesco (2010).
Nos 75 municípios sergipanos milhares de jovens foram sensibilizados para a necessidade da defesa, salvaguarda do Patrimônio Cultural (elementos da natureza, o conhecimento humano e os artefatos), além de aflorar o sentimento de sergipanidade, inclusive com a realização do I Fórum da Sergipanidade em outubro de 2010, promovido pelo Instituto Banese e que se reunirá anualmente para discutir os elementos da cultura sergipana.
Com a obrigatoriedade desde 2008 da reintrodução das disciplinas Filosofia e Sociologia (17 estados já haviam feito isso, entre eles Sergipe) nas três séries do Ensino Médio (aqui era ofertada Filosofia no 1º Ano, Sociologia no 2º Ano e Cultura Sergipana no 3º Ano), a SEED decidiu sacrificar Cultura Sergipana, estando previsto para 2011 o último ano em que a disciplina será ofertada.
Particularmente defendemos o retorno de Filosofia e Sociologia, que foram substituídas no regime do terror (Ditadura Militar) por Educação Moral e Cívica (1º Gral/Ensino Fundamental) e Organização Social e Política Brasileira – OSPB (2º Grau/Ensino Médio), além de Estudo dos Problemas Brasileiros (3º Grau/Ensino Superior). O mesmo aconteceu com História e Geografia que haviam sido substituídas por Estudos Sociais.
Outras disciplinas estão sendo ofertadas, como Espanhol, Música, entre outras disciplinas. Acreditamos que a diversidade e multiplicidade de disciplinas, quando fruto de um amplo processo de discussão amplia o leque de possibilidades e oportunidades. Esta discussão deve ser objeto de debate que envolva diferentes atores sociais que atuam no interior das escolas, devendo as mesmas ter autonomia em suas decisões, preservadas suas causas pétreas.
Até bem pouco tempo acreditávamos que Sociedade & Cultura e Cultura Sergipana, bem como Educação Ambiental deveria ser objeto de estudo na perspectiva da transversalidade, com seus conteúdos diluídos no conjunto das demais disciplinas. Mas estamos distantes de tingirmos estes objetivos, diante da falta de uma política ambiental bem como de uma política cultural nas escolas públicas de Sergipe.
Assim, diferente do que defendemos para não introdução de Educação Ambiental, considerando favoráveis as condições para a transversalidade, interdisciplinaridade e multidisciplinaridade, temos uma posição favorável a manutenção das disciplinas Sociedade e Cultura e Cultura Sergipana. Que se introduzam novas disciplinas, sem sacrificar aquelas cujos resultados são os mais significativos.
De nossa parte, temos feito nossa parte. Como resultado de nossa experiência, produzimos e apresentamos em 2005 “Uma proposta curricular para o ensino de Sociedade e Cultura e Cultura Sergipana para a e de pública estadual de Sergipe”, durante o II Colóquio Internacional Políticas e Práticas Curriculares: Desafios e Perspectivas”, realizado em João Pessoa (PB) em novembro de 2005.
Paralelamente, temos socializado nossa experiência com professores, estudantes, dentro e fora do estado (João Pessoa/PB, Maceió/AL, Aracaju, Aquidabã, General Maynard, Japaratuba, Japoatã, Laanjeiras, Santana do São Francisco e São Cristóvão/SE), debatendo os temas da cultura, da sergipanidade, da Educação Patrimonial. Produzimos textos, documentos, publicamos em jornais, revistas e sites nossas contribuições.
A partir de fevereiro iremos mobilizar professores, aristas, intelectuais, estudantes, jornalistas e a sociedade sergipana para a resistência, no sentido de preservamos estas disciplinas, não só como mais uma “matéria” do currículo nas escolas públicas, mas principalmente pela produção e difusão da cultura sergipana nas escolas, instrumentos de diálogo com a sociedade sergipana. Iniciamos ontem via (http://twitter.com/claudomir21) e já conseguimos adesões!
Por Claudomir Tavares [claudomir21@bol.com.br]
Um das mais aplaudidas iniciativas do então secretário de estado da Educação, professor Luiz Antônio Barreto em 1998 foi a introdução na Grade Curricular na chamada Parte Diversificada das disciplinas Sociedade & Cultura (5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental) e Cultura Sergipana na última série do Ensino Médio). Estavam dadas as condicionantes para incluir a temática dos elementos sergipanos na sala de aula.
Junto a elas foram produzidos um amplo conjunto de recursos didáticos e midiáticos, como CD’s, vídeos (VHS/DVD’s) e livros, que municiaram os profissionais do magistério (geralmente professores habilitados em História) escalados para assumir estas disciplinas. Uma farta bibliografia foi disponibilizada, inclusive com a elaboração de parâmetros curriculares para as disciplinas.
Indiscutível dizer que algumas conquistas no campo da cultura advêm em parte desta pedra fundamental plantada na gestão do governo Albano Franco (1995/2002), tais como a realização do I Encontro Nacional de Educação Patrimonial (São Crisstóvão, 2005), o Campos da Cultura em Laranjeiras (2007) e a escolha da Praça São Francisco como Patrimônio da Humanidade pela Unesco (2010).
Nos 75 municípios sergipanos milhares de jovens foram sensibilizados para a necessidade da defesa, salvaguarda do Patrimônio Cultural (elementos da natureza, o conhecimento humano e os artefatos), além de aflorar o sentimento de sergipanidade, inclusive com a realização do I Fórum da Sergipanidade em outubro de 2010, promovido pelo Instituto Banese e que se reunirá anualmente para discutir os elementos da cultura sergipana.
Com a obrigatoriedade desde 2008 da reintrodução das disciplinas Filosofia e Sociologia (17 estados já haviam feito isso, entre eles Sergipe) nas três séries do Ensino Médio (aqui era ofertada Filosofia no 1º Ano, Sociologia no 2º Ano e Cultura Sergipana no 3º Ano), a SEED decidiu sacrificar Cultura Sergipana, estando previsto para 2011 o último ano em que a disciplina será ofertada.
Particularmente defendemos o retorno de Filosofia e Sociologia, que foram substituídas no regime do terror (Ditadura Militar) por Educação Moral e Cívica (1º Gral/Ensino Fundamental) e Organização Social e Política Brasileira – OSPB (2º Grau/Ensino Médio), além de Estudo dos Problemas Brasileiros (3º Grau/Ensino Superior). O mesmo aconteceu com História e Geografia que haviam sido substituídas por Estudos Sociais.
Outras disciplinas estão sendo ofertadas, como Espanhol, Música, entre outras disciplinas. Acreditamos que a diversidade e multiplicidade de disciplinas, quando fruto de um amplo processo de discussão amplia o leque de possibilidades e oportunidades. Esta discussão deve ser objeto de debate que envolva diferentes atores sociais que atuam no interior das escolas, devendo as mesmas ter autonomia em suas decisões, preservadas suas causas pétreas.
Até bem pouco tempo acreditávamos que Sociedade & Cultura e Cultura Sergipana, bem como Educação Ambiental deveria ser objeto de estudo na perspectiva da transversalidade, com seus conteúdos diluídos no conjunto das demais disciplinas. Mas estamos distantes de tingirmos estes objetivos, diante da falta de uma política ambiental bem como de uma política cultural nas escolas públicas de Sergipe.
Assim, diferente do que defendemos para não introdução de Educação Ambiental, considerando favoráveis as condições para a transversalidade, interdisciplinaridade e multidisciplinaridade, temos uma posição favorável a manutenção das disciplinas Sociedade e Cultura e Cultura Sergipana. Que se introduzam novas disciplinas, sem sacrificar aquelas cujos resultados são os mais significativos.
De nossa parte, temos feito nossa parte. Como resultado de nossa experiência, produzimos e apresentamos em 2005 “Uma proposta curricular para o ensino de Sociedade e Cultura e Cultura Sergipana para a e de pública estadual de Sergipe”, durante o II Colóquio Internacional Políticas e Práticas Curriculares: Desafios e Perspectivas”, realizado em João Pessoa (PB) em novembro de 2005.
Paralelamente, temos socializado nossa experiência com professores, estudantes, dentro e fora do estado (João Pessoa/PB, Maceió/AL, Aracaju, Aquidabã, General Maynard, Japaratuba, Japoatã, Laanjeiras, Santana do São Francisco e São Cristóvão/SE), debatendo os temas da cultura, da sergipanidade, da Educação Patrimonial. Produzimos textos, documentos, publicamos em jornais, revistas e sites nossas contribuições.
A partir de fevereiro iremos mobilizar professores, aristas, intelectuais, estudantes, jornalistas e a sociedade sergipana para a resistência, no sentido de preservamos estas disciplinas, não só como mais uma “matéria” do currículo nas escolas públicas, mas principalmente pela produção e difusão da cultura sergipana nas escolas, instrumentos de diálogo com a sociedade sergipana. Iniciamos ontem via (http://twitter.com/claudomir21) e já conseguimos adesões!
Por Claudomir Tavares [claudomir21@bol.com.br]
Nenhum comentário:
Postar um comentário