Escola é considerada berço cultural de Pirambu, referência em educação no Vale do Japaratuba
Por Claudomir Tavares da Silva claudomir@infonet.com.br
A História do Colégio Estadual José Amaral Lemos – CEJAL (que já foi Grupo Escolar e Escola Estadual) rendeu ao município de Pirambu algumas das mais belas páginas da História da Educação na região do Vale do Japaratuba. A Tribuna da Praia começa a partir de hoje a registrar alguns destes momentos que ficaram marcados definitivamente na trajetória de nossa cidade, a partir de textos e depoimentos de professores, alunos e ex-alunos desta que é considerada o berço cultural de Pirambu.
I – José Amaral Lemos ¹
Nasceu na cidade de Maruim, onde no início do século XX era um dos maiores centros econômicos do Estado de Sergipe. Talvez por este motivo José Amaral lemos transformou-se num comerciante de sucesso onde viajava periodicamente por todo o Vale do Cotinguiba com um comboio de animais vendendo mercadorias como mascote, nome dado ao profissional de vendas da época.
Nas suas andanças como mascote, conheceu Pirambu. Já viúvo, casou-se pela segunda vez onde fixou residência no então distrito de Japaratuba, mas precisamente em Pirambu. Tinha oito filhos do primeiro casamento, e mais quatro do segundo consórcio. Nunca exerceu cargo público, mas tinha grande influência nas decisões políticas do município.
Era proprietário de uma grande extensão de terras nas margens do rio Japaratuba, onde dentro de sua propriedade um pretendente quisesse fixar residência era obrigado a pagar uma espécie de taxa de uso da terra, como se fosse um imposto. Algumas pessoas dizem que ele cobrava a referida taxa somente para algumas pessoas, pois alegava que algumas provocavam danos a terra.
Era um homem católico, prestativo, humilde e honesto.
II – A escola ²
A escola surgiu na gestão de dois grandes administradores, sendo um o governador Lourival Batista e o outro o prefeito Walter Amaral, que homenageava assim seu pai “José Amaral Lemos”, emprestando o seu nome para este estabelecimento de ensino.
A história do Amaral (como atualmente é conhecido), será contada através de décadas:
- Dia 11 de março de 1970 ela entra em atividade, como Grupo Escolar José Amaral Lemos.
- Nos anos 80 começa a fase de desenvolvimento da escola, com a mudança da cor da farda, ampliação da escola, fundação do 1º Grêmio em 23/08/1983 e o principal, a implantação do chamado Ginásio, de 5ª a 8ª séries (gradualmente, uma série por ano de 1981 a 1984, quando forma a primeira turma do 1º grau).
- Anos 90, na busca da interdisciplinaridade a escola trabalha formas diferentes no processo de aprendizagem através de gincanas sócio-culturais, esportivas e ambientais.
- Ao longo deste período a escola não deixou de prestar algumas homenagens e agradecimentos especiais às pessoas que contribuíram para o sucesso desses anos todos, a exemplo de dona Ester do Amparo, ex-diretora, dona Júlia Cruz, ex-professora (in memorian) e dona Maria Macambira, ex-merendeira).
- E por final, o Amaral Lemos entra no 3º Milênio com as crianças menores que representam a esperança de um mundo melhor para todos.
III – Berço cultural de Pirambu ³
Ao longo destes anos, o Colégio Estadual José Amaral Lemos conseguiu para si o sugestivo título de ‘berço cultural de Pirambu’, em função das grandes iniciativas que foram desenvolvidas em seu interior, ou por iniciativa de seus atores sociais (alunos, professores, coordenação, equipe de apoio e direção) fora de sem ambiente físico.
A escola foi referencial em apresentações culturais e desportivas, conquistando vários prêmios dentro e fora do estado, numa prova inequívoca do seu compromisso com a educação emancipatória, muitas vezes amordaçadas, mas sempre encontrando os elos da liberdade que insistiam em levar adiante esta bandeira que é um orgulho de instituição cravada na História de Pirambu.
Por Claudomir Tavares da Silva claudomir@infonet.com.br
A História do Colégio Estadual José Amaral Lemos – CEJAL (que já foi Grupo Escolar e Escola Estadual) rendeu ao município de Pirambu algumas das mais belas páginas da História da Educação na região do Vale do Japaratuba. A Tribuna da Praia começa a partir de hoje a registrar alguns destes momentos que ficaram marcados definitivamente na trajetória de nossa cidade, a partir de textos e depoimentos de professores, alunos e ex-alunos desta que é considerada o berço cultural de Pirambu.
I – José Amaral Lemos ¹
Nasceu na cidade de Maruim, onde no início do século XX era um dos maiores centros econômicos do Estado de Sergipe. Talvez por este motivo José Amaral lemos transformou-se num comerciante de sucesso onde viajava periodicamente por todo o Vale do Cotinguiba com um comboio de animais vendendo mercadorias como mascote, nome dado ao profissional de vendas da época.
Nas suas andanças como mascote, conheceu Pirambu. Já viúvo, casou-se pela segunda vez onde fixou residência no então distrito de Japaratuba, mas precisamente em Pirambu. Tinha oito filhos do primeiro casamento, e mais quatro do segundo consórcio. Nunca exerceu cargo público, mas tinha grande influência nas decisões políticas do município.
Era proprietário de uma grande extensão de terras nas margens do rio Japaratuba, onde dentro de sua propriedade um pretendente quisesse fixar residência era obrigado a pagar uma espécie de taxa de uso da terra, como se fosse um imposto. Algumas pessoas dizem que ele cobrava a referida taxa somente para algumas pessoas, pois alegava que algumas provocavam danos a terra.
Era um homem católico, prestativo, humilde e honesto.
II – A escola ²
A escola surgiu na gestão de dois grandes administradores, sendo um o governador Lourival Batista e o outro o prefeito Walter Amaral, que homenageava assim seu pai “José Amaral Lemos”, emprestando o seu nome para este estabelecimento de ensino.
A história do Amaral (como atualmente é conhecido), será contada através de décadas:
- Dia 11 de março de 1970 ela entra em atividade, como Grupo Escolar José Amaral Lemos.
- Nos anos 80 começa a fase de desenvolvimento da escola, com a mudança da cor da farda, ampliação da escola, fundação do 1º Grêmio em 23/08/1983 e o principal, a implantação do chamado Ginásio, de 5ª a 8ª séries (gradualmente, uma série por ano de 1981 a 1984, quando forma a primeira turma do 1º grau).
- Anos 90, na busca da interdisciplinaridade a escola trabalha formas diferentes no processo de aprendizagem através de gincanas sócio-culturais, esportivas e ambientais.
- Ao longo deste período a escola não deixou de prestar algumas homenagens e agradecimentos especiais às pessoas que contribuíram para o sucesso desses anos todos, a exemplo de dona Ester do Amparo, ex-diretora, dona Júlia Cruz, ex-professora (in memorian) e dona Maria Macambira, ex-merendeira).
- E por final, o Amaral Lemos entra no 3º Milênio com as crianças menores que representam a esperança de um mundo melhor para todos.
III – Berço cultural de Pirambu ³
Ao longo destes anos, o Colégio Estadual José Amaral Lemos conseguiu para si o sugestivo título de ‘berço cultural de Pirambu’, em função das grandes iniciativas que foram desenvolvidas em seu interior, ou por iniciativa de seus atores sociais (alunos, professores, coordenação, equipe de apoio e direção) fora de sem ambiente físico.
A escola foi referencial em apresentações culturais e desportivas, conquistando vários prêmios dentro e fora do estado, numa prova inequívoca do seu compromisso com a educação emancipatória, muitas vezes amordaçadas, mas sempre encontrando os elos da liberdade que insistiam em levar adiante esta bandeira que é um orgulho de instituição cravada na História de Pirambu.
Notas:
¹ Trabalho desenvolvido pelos alunos Ykaro Barreto, Delane Calheiros e Ricardo Santos, alunos do Colégio Estadual José Amaral Lemos, sob orientação da professora Valderina Ferreira Oliveira de Andrade
² Adaptado do texto elaborado por ocasião dos 32 anos do Amaral (2002) pela professora Maria Izabel do Carmo, coordenadora pedagógica do ensino fundamental do Colégio Estadual José Amaral Lemos.
³ Texto elaborado pelo professor Claudomir Tavares da Silva, professor de História do Colégio Estadual José Amaral Lemos.
Fonte: Tribuna da Praia – Em: 05/01/2008
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