9 de mai. de 2011

SMTT: O exemplo dado pelo sargento Dantas

Diante de tantas denúncias de abuso de autoridade, um deles tem se destacado pela conduta elogiosa como as pessoas se dirigem ao agente de trânsito de Propriá Por Claudomir Tavares *

Telefonemas, e-mail’s, abordagens nas ruas nos alertam diariamente para uma série de abuso de autoridades de alguns agentes de trânsito de Propriá, muitas delas atribuídas ao comportamento do soldado Erildo (e este espaço está aberto para os esclarecimentos do agente de trânsito), talvez por este está exposto ou se deixar exposto. Os argumentos são, na maioria dos casos insustentáveis, não pelo comportamento do policial que, segundo relatos (e já pudemos testemunhar) já se dirige aos condutores (a maioria motociclistas), sem dar bom dia, numa prova de que deve melhorar suas técnicas de abordagens, mas pela falta de razão dos que fazem a denúncia (tráfego pela contra-mão, estacionamento em local proibido, falta do uso de capacete, transporte de menores, entre outras infrações de trânsito).

Mas nem tudo na SMTT é um caso perdido. A abordagem a moto-taxistas, por exemplo, se dá de forma mais acintosa pela natureza da função social: conduzem passageiros, tem concessão pública (alvará) e para obter este direito, devem cumprir deveres observáveis: coletes aprovados, documentos do veículo e do condutor, uso de capacetes, retrovisores, enfim, documentos, equipamentos e condutas obrigatórios. Em algumas situações “flagramos” comportamentos elogiáveis de alguns destes agentes de trânsito: um dia destes, um deles estava prestes a aplicar uma motocicleta estacionada em frente a Alternativa Variedade, no local onde deveria existir uma faixa de pedestre. O policial perguntou se eu conhecia o proprietário. Respondi que não. Ele insistiu em sugerir que verificasse se ela estava destravada e que se possível retirasse do local dos 5 metros. Segui a orientação do agente de trânsito, que ainda me agradeceu pelo ato, batendo em meu ombro em sinal de reconhecimento – Se ele tivesse aplicado a multa não estaria errado, apenas cumprindo sua função social.

Em outra situação testemunhei o sargento Dantas abordar condutores que não utilizavam capacetes, conduziam crianças menores de sete anos ou trafegavam em contra mão. Esse policial que pelas características já deve acumular uma bela trajetória na Polícia Militar de Sergipe, ao abordar os infratores, alertava da irregularidade, informando o que estabelece o Código de Trânsito, inclusive das penas cabíveis. Preferiu orientá-los, alertando que estava atento e que em uma segunda ocorrência iria autuá-lo, o que tem feito com muita propriedade e sem sua autoridade ferida. Não entendemos este ato do senhor Danas como de quem está prevaricando, mas de quem, com o olho vigilante do patrulhamento de trânsito, tem feito a opção pelo bom senso, e isto tem lhe rendido comentários elogiáveis, pela conduta exemplar de quem lida com seres humanos.

Aos condutores de veículos, principalmente aos motociclistas, vão aqui alguns alertas de abusos que devem ser coibidos (prevenidos por eles e punidos pelas autoridades de trânsito), como barulho provocado pelo escapamento de motos, uma poluição sonora “dos diabos”, a retirada de retrovisores, equipamento essencial nos veículos, placas dobradas para impedir a identificação dos veículos, estacionamento de veículos em locais proibidos, como rampas para cadeirantes, estacionamento de caminhões para carga e descarga em horário de pico, no que causa um congestionamento desconfortável no centro comercial, entre outras irregularidades vistas diariamente. A prefeitura de Propriá, através da Secretaria Municipal de Transportes, Trânsito e Segurança Patrimonial, a colocação imediata de placas de sinalização vertical, até para legitimar as multas que vem sendo aplicadas, sob pena da justa contestação. Audiências públicas para discutir o trânsito em Propriá devem ser realizadas, pois desde que este foi municipalizado em 2005, ainda na gestão do ex-prefeito Luciano Nascimento, não fora observada.

Por enquanto fica aqui nossas homenagens e reconhecimento ao soldado Dantas, que pelo seu exemplo nos dão sinais de lucidez, de bom senso e de esperança de que no trânsito, como na vida, aos seres humanos devem ser dadas as condições de reabilitação, desde que estes não abusem da boa fé, da paciência e dos limites que os semelhantes podem suportar. Parabéns soldado Dantas!
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* Claudomir Tavares (42 anos) é professor concursado das redes municipal (Pirambu) e estadual (Propriá). Licenciado em História, com aperfeiçoamento e especialização em Gestão de Recursos Hídricos (todos pela UFS) e Metodologia do Ensino Superior (Faculdade São Luís de França) e mestrando em Gestão Ambiental (Universidade San Carlos). Fundador e diretor do Portal Tribuna da Praia!

Fonte: Triubuna da Praia - Em: 09/05/2011

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