4 de out. de 2009

Claudomir Tavares: “As decisões no PV devem ser tomadas coletivamente”

Dirigente estadual do PV reage indignado a nota do jornalista Cláudio Nunes
Da Redação

Deu no blog do jornalista Cláudio Nunes, do portal Infonet, que o professor Anderson Góis, pré-candidato a governador pelo Partido Verde deve colocar as bardas de olho, pois há uma importante autoridade de nosso estado disposta a barrar seu projeto de candidatura. Questionado pela Tribuna da Praia sobre esta possibilidade, o professor Claudomir Tavares da Silva, secretário estadual de assuntos parlamentares, reagiu indignado a esta especulação, duvidando de sua existência dentro das hastes verdes, por acreditar na seriedade dos homens que, como ele, dirigem o partido em Sergipe, mas reconhecendo no jornalista um dos mais bem informados e de credibilidade inquestionável no estado, decidiu “tomar algumas precauções, naturalmente, calçado por cautelas necessárias aos políticos que tem responsabilidades legitimadas pela trajetória construída no calor das lutas”, informou.

Claudomir disse que irá propor ao presidente Carlos Pinna Júnior que “desminta tal posição e reafirme o projeto do Partido Verde de construção de uma candidatura própria ao governo de Sergipe”, disse. “Da mesma forma, iremos propor ao Reynaldo Nunes de Morais, membro da Executiva Estadual, que reforce a posição nacional de candidatura própria a presidência da república e ao governo de Sergipe, existindo a prioridade hoje legitimada pelas pesquisas e pelas lideranças de base do partido pelo nome do professor Anderson Góis’, completou. Segundo Claudomir Tavares, um dos possíveis pré-candidatos a deputado federal, “não existe hoje no PV espaço para decisões monocráticas, e que as decisões a cerca das eleições 2010 devem ser tomadas, forçosamente, de forma coletiva, ouvindo a todos, além da Executiva Estadual, incluindo os vereadores, os presidentes municipais e os quadros históricos que tem dado o melhor de si na construção partidária”, acrescentou.

“O PV caminha a passos largos pela sua refundação programática e a filiação da senadora Marina Silva nos enche de esperança e recarrega as energias daqueles que sonham com um partido sem vícios, democrático, diferente das experiências indecorosas dos partidos que historicamente tem servido a interesses individuais, sendo considerados meramente como siglas de aluguéis”, frisou. “Estamos preparando um Congresso Nacional, onde devemos restabelecer o caráter coletivo e legítimo das instâncias partidárias, onde as decisões sejam tomadas com a participação de todos os atores sociais que o constroem. Não há espaço para retrocessos, onde os sonhos da maioria sejam frustrados, em detrimento de projetos individuais”, alertou.

Filme velho – “Há quatro anos percorremos várias cidades de Sergipe discutindo os passos a serem seguidos pelo PV, há época presidido por Armando Batalha. Acreditávamos que estávamos construindo um projeto coletivo. No ano seguinte, 2004, Armando decidiu de forma individual que o PV se aliaria com João Alves Filho (PFL). Esta discussão não envolveu as lideranças e dirigentes municipais. Assim, o PV de Pirambu, sentiu-se desobrigado de apoiar o então governador e apoio a candidatura de Marcelo Déda”, lembrou. “Hoje, depois de experimentar as duas experiências, defendemos que o partido se contraponha estes dois projetos corrompidos pelas contradições, mas queremos e defendemos este debate internamente, e estamos fazendo, inclusive temos garantido estes espaços. Se for vencido no debate, nos argumentos, seguirei a vontade da maioria e hoje esta maioria está com o projeto de pré-candidatura do professor Anderson Góis. Digo isso até porque não estava entre aqueles que em maio defendia o nome de Anderson, mas se o faço hoje é por que este demonstrou enquadrar-se no perfil do partido e do projeto que queremos construí-lo coletivamente para Sergipe”, esclarece o dirigente verde.

Experiência – O professor Claudomir Tavares nos municiou com um dado. “Em Pirambu temos uma experiência de realização de reuniões mensais e anualmente os encontros municipais. Foi justamente um destes encontros que garantiu a nossa candidatura a vice-prefeito de Pirambu em 2008, quando um ano antes da eleição classificava os nomes de Nilton Souza com o mesmo DNA dos mouras. Assim, quando um grupo de oportunistas tentou levar o partido para os braços do peemedebista, evocamos aquelas resoluções e aqueles ex-verdes tiveram que, forçosamente, aprovar nossa indicação por unanimidade para candidato a vice-prefeito na chapa que teve o petista Vado de Gago como candidato a prefeito de Pirambu”, lembrou Claudomir.

Sentimento – “Esta posição nossa é compartilhada com as mais expressivas lideranças verdes em Sergipe e assim, vamos defender tanto internamente como em público o projeto de um PV que não quer voltar atrás, que não olha para o retrovisor das experiências desabonadoras de tempos em que militaram no partido figuras non gratas de triste memória como Gilmar Carvalho, Armando Batalha e outros iguais. Que este filme não se repita em Sergipe. Acreditamos e vamos nos empenhar para que não”, concluiu o presidente do PV em Pirambu.

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