29 de mar. de 2011

Comunidade Quilombola pede menos, Incra estabelece mais

Pontal da Ilha de Santa Luzia renuncia área estabelecida pelo Incra


Estabelecidos no local que mais tarde seria chamado de Ilha do Rato em 1984, a comunidade quilombola “Pontal da Ilha de Santa Luzia” tem estabelecido uma luta pela terra que outrora pertencia ao senhor Valdemir dos Santos (atualmente em poder do senhor José Alves Júnior/Construtora Imperial).

O pleito deles, segundo documento enviado ao superintendente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), senhor Jorge Tadeu, vai até os limites onde esteve a cerca que limitava o terreno até a chamada “baixada”, próximo ao local onde está situado o extinto povoado Porto Grande.

Em nenhum momento a comunidade pleiteou as terras que pertencem atualmente aos senhores Kide, Edésio, Selma e Elze Bispo. Ocorre que, mostrando-se total desconhecimento a ocupação naquela região, além das questões antropológicas que envolvem o local, o órgão estabelece toda a área para que seja indenizada e distribuída aos quilombolas.

Segundo Edésio Góis Feitosa, um dos que terá suas terras adquiridas por herança e através de compra, “a comunidade quilombola vive da pesca e não reivindica área para atividade agrícola, logo, não se justificando a ampliação da área pleiteada”, questiona ela que mantém uma estreita relação de convivência com os moradores do Pontal da Ilha.

Sobre o caráter da definição daquela comunidade como remanescente quilombola, vem sendo questionada, pois até o início dos anos 80 não havia nenhuma residências naquele local, sendo o senhor “Mané Piroca” o primeiro a se estabelecer ali onde antes haviam apenas ocupantes como José Lauro Ferreira e João Oliveira, ambos como o primeiro, falecidos.

Por Claudomir Tavares [via celular]

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