24 de nov. de 2009

PATIOBA: Xangô de Nagô – 80 anos de resistência

Descobrimos uma das mais antigas chamas da religião afro-brasileira em Sergipe
Por Claudomir Tavares | claudomir@infonet.com.br


Está no povoado Patioba, distante 7,5 km da sede do município de Japaratuba, uma das mais antigas remanescentes da religião afro-brasileira em Sergipe. O Xangô de Nagô, que tem como líder a mãe de santo Uicléia Alcântara existe há mais de oitenta anos, tendo sido idealizado pelo seu avô, o saudoso José Francisco da Silva, mais conhecido por Paizinho. “Ele brincava, fazia o caruru de Cosme e Damião, mas tocava o nagô”, diz dona Uicléia. Segundo ela, o grupo “recebe influência dos orixás”. Tem origem Ioruba, aqui em solo brasileiro chamados de Nagô ou Ketu.

O grupo que mantém preservada a ancestralidade do povo africano em Sergipe, restringe as suas apresentações restritas ao povoado, no seu terreiro ou em eventos da comunidade, tendo sido uma das mais significativas apresentações no último sábado, 21, quando da realização do VI Quilombofest, festa promovida pela Associação Comunitária Quilombola da Patioba, para celebrar o reconhecimento da comunidade como remanescente de quilombo e o Dia Nacional da Consciência Negra, em homenagem ao líder Zumbi dos Palmares.

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