“Quando vivemos num lugar somos reconhecidos por alguma coisa que fazemos, pelo que fazem nossos pais ou as pessoas com quem vivemos, ou por coisas que nos vão acontecendo. Fazendo amigos, indo à escola, trabalhando, ajudando aos outros, brincando, marcamos a nossa vida e as vidas das pessoas que nos cercam.
Tudo o que fazemos, o que criamos ou inventamos, é a partir do que vemos, do que sentimos e do que aprendemos. E tanta coisa! Há jeitos diferentes de viver, de tratar o meio ambiente e os animais, de cuidar dos doentes,fazer festas e comidas, mas tudo isto fala ~mos. Também as brincadeiras, as músicas que cantamos, as danças, os jogos, as histórias. Chamamos a este conjunto de coisas de Patrimônio Cultural. Ele é constituído pelo que já encontramos desde que nascemos, mas também pelo que vamos construindo e acrescentando com a nossa vida e a nossa ação. É como uma “herança” que todos recebemos ao nascer e que faz o conjunto dos bens que pertencem a um povo ou a um país: o meio ambiente, tudo o que se escreve nos livros, o que se produz nas artes, tudo o que se aprende e se faz para sobreviver (como o saber subir em árvores, saber pescar, plantar e colher, saber cuidar dos animais, saber nadar...); e tudo o mais que é necessário para vi ver bem (como cozinhar, costurar, construir fabricar, instalar; assim como os objetos que se fabrica, as construções, as cidades). Esta “herança” é o patrimônio cultural.
Somente conhecendo o patrimônio cultural de uma comunidade podemos entender um pouco o que ela é: o que fazem as pessoas que ali vivem, e até o que desejam e sonham, podemos enfim conhecer a sua história. Por isto os historiadores, para escrever os livros de História, vão procurar informações estudando os bens do patrimônio cultural. Eles pesquisam dados do meio ambiente, buscam documentos nos arquivos, museus e bibliotecas, lêem livros, entrevistam pessoas, estudam outros tipos de bens culturais.
Podemos aprender História nos livros, mas precisamos também entender como trabalham os historiadores e, como eles. conhecer o que dizem os documentos, os monumentos, as fotografias, as manifestações artísticas, os documentários da TV ou do cinema, os jornais, ou o que nos dizem as lembranças dos mais velhos. Assim veremos como é fascinante a nossa história, quanto há o que aprender com ela! Certamente vamos entender e valorizar este patrimônio, que fala da nossa história e que, portanto, fala sobre nós mesmos”.
Texto extraído:
SANTOS, Lenalda Andrade e. Para Conhecer a História de Sergipe. SEED. 1998.
SANTOS, Lenalda Andrade e. Para Conhecer a História de Sergipe. SEED. 1998.
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