Índice de Assuntos:
Pré-História
Antiguidade
Idade Média
Idade Moderna
Idade Contemporânea
1. Contagem do Tempo Histórico
Primeiro Calendário
Calendário Juliano
Calendário Gregoriano
Calendário Hebreu
Calendário Chinês
Calendário Muçulmano
Calendário Cristão
Era Cristã
2. Pré-História
Paleolítico
Neolítico
Idade dos Metais
3. Antiguidade Oriental
3.1. O Egito
3.2. A Mesopotâmia
3.4. Os Hebreus
3.4. Os Fenícios
3.5. Os Persas
3.6. Indianos e Chineses
4. A Antiguidade Clássica
4.1. Grécia
4.1.1. Período Pré-Homérico
4.1.2. Período Homérico
4.1.3. Período Arcaico
4.1.3.1 – Esparta
4.1.3.2 – Atenas
4.1.4. Período Clássico
4.1.5. Período Helenístico
4.2. Roma
4.2.1. Fundação e Realeza
4.2.2. República Romana
4.2.3. Império Romano
A história começa quando os homens encontram os elementos de sua existência nas realizações de seus antepassados. Do ponto de vista europeu, divide-se em cinco grandes períodos: Pré-história, Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea.
Pré-história – Período que vai do surgimento do homem na Terra, há cerca de 3,5 milhões de anos, até o aparecimento da escrita, por volta de 4.000 a .C. Tem como marcos a evolução no emprego da pedra como arma e ferramenta, a criação da linguagem oral, o surgimento da arte , a utilização e domínio da produção do fogo, a domesticação e criação dos animais, a prática da agricultura e a criação da metalurgia.
Antiguidade – Começa com a utilização da escrita e termina com a queda do Império Romano do Ocidente, em 476. Principais marcos: o desenvolvimento da agricultura e da pecuária, a adoção do escravismo, a construção de cidades-Estado e de sistemas políticos monárquicos, o surgimento da democracia na pólis grega e das religiões monoteístas, o crescimento das artes e o aparecimento das ciências.
Idade Média – Abrange o período que vai do século V da era cristã até a queda de Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, em 1453. Principais marcos: a expansão dos reinos bárbaros na Europa, a transformação do escravismo em feudalismo, o surgimento dos impérios feudais, a expansão do cristianismo e do islamismo, o renascimento do comércio e das cidades medievais e o apogeu da civilização maia, na América.
Idade Moderna – Período entre a queda do Império Romano do Oriente e a Revolução Francesa, em 1789. Principais marcos: o fortalecimento dos Estados nacionais monárquicos, a expansão marítima e colonial, o fortalecimento e expansão do capitalismo – que se torna a forma de produção predominante –, o renascimento cultural e científico, a fermentação revolucionária do iluminismo e a independência norte-americana.
Idade Contemporânea – Cobre o período do final do século XVIII, a partir da Revolução Francesa, até a atualidade. Principais marcos: o período napoleônico (1799 a 1815), a restauração monárquica e as revoluções liberais (1800 a 1848), a revolução industrial e expansão do capitalismo (de 1790 em diante), a disseminação das nacionalidades e das doutrinas sociais (a partir de 1789), o surgimento do imperialismo, a 1a Guerra Mundial (1914-1918), as revoluções socialistas, a expansão da democracia, o surgimento do fascismo e do nazismo (1917-1938), a 2a Guerra Mundial (1939-1945), a Guerra Fria (1948-1990) e a desagregação da União Soviética (1991).
1. Contagem do Tempo Histórico:
A contagem das épocas ou eras da História varia segundo o parâmetro de cada civilização. Desde a Antiguidade, os povos adotam diferentes sistemas para a contagem do tempo anual (calendário) e, posteriormente, para o início de sua própria história (era). Hoje o calendário cristão é predominante, mas ainda subsistem os calendários hebreu, chinês e muçulmano.
Primeiro calendário – Surge no Egito Antigo em cerca de 3.000 a .C. Considera as fases da Lua e divide o ano em 12 meses de 29 ou 30 dias.
Calendário Juliano – É criado por ordem de Júlio César. Resulta da reforma do calendário romano, que tem 304 dias e 10 meses, baseado no egípcio. Estabelece o ano solar de 365,25 dias e o ano civil de 365 dias, com um bissexto de 366 dias a cada quatro anos. São retirados dois dias de fevereiro e acrescidos aos meses de julho e agosto, porque têm nome de imperadores.
Calendário Gregoriano – É um ajuste no calendário juliano, que acumulava uma diferença de dez dias. É ordenado em 1582 pelo papa Gregório XIII e determina a eliminação de três anos bissextos a cada 400 anos para evitar defasagens.
Calendário Hebreu – O ano 1 da era judaica corresponde a 3.761 a .C. Em setembro de 1995 começa o ano 5756 dos judeus. Seu calendário é lunissolar (considera o Sol e a Lua), com ano médio de 365,246 dias e meses de 29 ou 30 dias.
Calendário Chinês – É lunissolar e comporta dois ciclos: um de 12 anos (de 354 ou 355 dias, ou 12 meses lunares) e um de sete anos (com anos de 383 ou 384 dias, ou 13 meses). Os anos do primeiro ciclo têm nomes de animais: rato, boi, tigre, lebre, dragão, serpente, cavalo, cabra, macaco, galo, cachorro e porco.
Calendário Muçulmano – Estabelece como ano 1 a data da fuga (hégira) de Maomé de Meca para Medina e corresponde ao ano 622 da era cristã. O calendário é lunar, tendo um ano médio de 354,37 dias e meses de 29 e 30 dias.
Calendário Cristão – É proposto em 525 pelo historiador grego Dionísio, o Menor, para pôr fim à desordem dos diversos sistemas de contagem cronológica então empregados. Calculando a data da Páscoa cristã, Dionísio toma o nascimento de Jesus Cristo como ano 1 do século I, tendo por base o calendário juliano. Os períodos e acontecimentos anteriores a isso passam a ser datados com a sigla a.C. (antes de Cristo) e contados de trás para diante.
Era Cristã – O calendário cristão é adotado no ocidente a partir do século VI. No século X a era cristã é oficializada pela Igreja Romana e introduzida na Igreja bizantina. No final do século XIX, quando a contagem cronológica da História pelo sistema de Dionísio já está difundida e uniformizada pelo mundo, descobre-se um erro de cálculo. Cristo nasce, segundo a moderna historiografia, no ano 4 a .C.
Separamos a história da pré-história pois o estudo e as e a forma como obtemos conhecimento sobre este período são diferentes. Neste período o homem não havia criado a escrita, por isso não temos registros escritos, apenas achados arqueológicos que podem nos fornecer pistas sobre o estilo de vida da época.
A pré-história pode ser dividida em três períodos: o paleolítico, o neolítico e a idade dos metais. O primeiro período se inicia com o surgimento da espécie humana. O homem vivia em cavernas e era nômade, ou seja, mudava constantemente de local sempre que o alimento onde vivia acabava. Caçava, pescava e coletava frutos com a ajuda de instrumentos pontiagudos feitos de pedra.
No neolítico o aquecimento do planeta permitiu a saída das cavernas. O homem passou a construir casas chamadas palafitas, feitas sobre estacas que as mantinham elevadas para se proteger de animais selvagens. Desenvolveu a domesticação de animais e a agricultura, que permitiu a sedentarização (fixação), pois agora ele poderia produzir seu próprio alimento no lugar onde morava. As ferramentas foram desenvolvidas, agora as ferramentas feitas de pedra recebiam polimento para serem melhor manuseadas.
Com a idade dos metais o homem aprende a moldar os metais aquecidos no fogo. Primeiramente o cobre, por ser mais maleável, em seguida a liga de cobre e estanho (bronze), e finalmente o ferro. Com o uso dos metais, as armas são aprimoradas, dando condições para a formação dos grandes impérios da antiguidade. Nesse momento surge a escrita, por volta de 4000 a .C., o que determina o fim da pré-história e o começo da história.
O que é preciso saber sobre a pré-história: período antes da criação da escrita, informações por achados arqueológicos, no paleolítico os homens moravam em cavernas e eram nômades, no neolítico passaram a morar em palafitas e a desenvolver a agricultura (revolução agrícola), na idade dos metais passa-se a moldar metais.
Fazem parte da antiguidade oriental as civilizações que se desenvolveram no oriente e no oriente médio. A maior parte delas apresenta grandes semelhanças, mas cada civilização apresentou seu diferencial.
As civilizações orientais eram governadas por reis absolutos, muitos com poder justificado de forma divina, como no caso dos faraós no Egito. A economia era movida pela agricultura, praticada no modo de produção asiático, pelo qual a população camponesa servia coletivamente ao Estado (servidão coletiva).
A sociedade sempre se dividia nas seguintes camadas: os "privilegiados" (família do rei, ricos, letrados e sacerdotes) ficavam no topo da sociedade. Logo abaixo vinham os camponeses e outras pessoas livres, e abaixo vinham os escravos.
O que é preciso saber sobre a antiguidade oriental: semelhanças entre as civilizações orientais: governo absoluto, modo de produção asitático, servidão coletiva, sociedade dividida entre os privilegiados, camponeses e escravos.
3.1. O Egito
A civilização egípcia se desenvolveu graças ao rio Nilo, que com suas inundações anuais, possibilitou a agricultura em suas margens, mesmo estando no meio do deserto. Os egípcios se destacaram na construção das pirâmides, ordenadas pelos faraós e na mumificação dos corpos. Muitas múmias estão em perfeito estado de conservação até os dias de hoje. Destacaram-se também na criação do papiro, um tipo de papel usado pelos egípcios, além da criação do sistema de escrita hieroglífico, traduzido por Champollion através da Pedra Roseta, que continha o mesmo texto escrito em grego e hieroglífico.
O que é preciso saber sobre o Egito: importância do rio Nilo, pirâmides, mumificação, papiro, hieroglifos.
3.2. A Mesopotâmia
Vários povos e impérios se fixaram na Mesopotâmia, que se desenvolveu graças aos rios Tigre e Eufrates. É na Mesopotâmia que surgiu o Código de Hamurábi, o primeiro código de leis escritas do qual se tem notícia. Nele se previa a pena do talião, baseado na máxima: "olho por olho, dente por dente", ou seja, quem matasse uma pessoa também era morto, quem cortasse o dedo de outra pessoa teria o mesmo dedo cortado.
Foi lá também que surgiu o sistema de escrita cuneiforme, feito através de sinais talhados em tábuas de madeira. Com a união dos acervos escritos da região, surgiu a Biblioteca de Nínive, que serve de base para os estudos sobre essa região. Lá também foram construídos os famosos Jardins Suspensos da Babilônia.
Os mesopotâmicos se destacam também por terem desenvolvido a astronomia e serem os primeiros a dividirem o círculo em 360 partes (graus) e o dia em 12 horas e 120 minutos.
O que é preciso saber sobre a Mesopotâmia: importância dos rios Tigre e Eufrates, Código de Hamurábi, pena do talião, escrita cuneiforme, importância da Biblioteca de Nínive, Jardins Suspensos da Babilônia, astronomia.
3.3. Os Hebreus
Os hebreus chegaram à Palestina guiados pelos patriarcas. Fugiram dali por causa da fome e se reinstalaram no Egito onde foram escravizados. Saíram do Egito e reconquistaram a região da Palestina liderados por Moisés e Josué. Atingiram o maior desenvolvimento quando instalaram a monarquia, que como reino unido teve apenas três reis: Saul, Davi e Salomão. Dividiram-se em dois reinos, acabaram enfraquecendo e foram conquistados pelos Assírios que habitavam a Mesopotâmia, sendo feitos escravos novamente. Quando os persas conquistaram a Mesopotâmia, foram libertos, mas foram em seguida conquistados pelos romanos, que os dispersaram por todo o mundo, até que o estado de Israel fosse criado por medida das Nações Unidas.
O povo hebreu tem toda sua história registrada na Bíblia, principalmente no Antigo Testamento, que conta a história da formação do povo. O diferencial dos hebreus é a sua religião, a única monoteísta (um único Deus) daquela época com a crença no Deus Jeovah que levou à construção de um grandioso templo na cidade de Jerusalém.
O que é preciso saber sobre os hebreus: história contada na Bíblia, no Antigo Testamento, monoteísmo, crença no Deus Jeovah, foram escravizados no Egito, na Mesopotâmia e foram dispersos pelos romanos até a fundação do atual Estado de Israel.
3.4. Os Fenícios
Os fenícios nunca fundaram um império unido, estando sempre divididos em cidades independentes. Foram grandes navegadores e fundaram diversas colônias ao redor do Mar Mediterrâneo, sendo a mais importante delas a colônia de Cartago, que irá envolver-se com uma disputa com o Império Romano. A maior herança deixada pelos fenícios foi o seu alfabeto de 22 letras muito próximo do nosso atual, copiado por muitas civilizações e criado para uma comunicação eficiente entre suas diversas colônias.
O que é preciso saber sobre os fenícios: cidades independentes, navegadores, fundadores de colônias, alfabeto de 22 letras.
3.5. Os Persas
Os persas se fixaram numa reigão no leste da Mesopotâmia. Adotaram um eficiente sistema de comunicação e administração. O império era divido em satrápias (algo como os estados), sendo cada satrápia governada por um sátrapa e fiscalizada por fiscais que eram denominados "olhos e ouvidos do rei". As estradas foram calçadas com pedras, permitindo a implantação de um ágil sistema de correio. A economia se tornou eficiente com a cunhagem (produção) de moedas, chamadas de Darico. Este sistema de administração extremamente eficicente foi a maior herança deixada pelos persas, inclusive muitos destes sistemas permanecem até hoje, como por exemplo a divisão em estados. Grandes governantes dos persas foram Dario I, que instituiu a divisão em satrápias e criou a moeda Darico, e Ciro I que libertou os hebreus quando foram escravizados na Mesopotâmia.
A religião persa denominada Mazdeísmo também merece atenção. Era dualista, haviam duas divindades, uma do bem e outra do mal e o objetivo era o bem vencer o mal. Esta religião foi pregada por Zoroastro.
O que é preciso saber sobre os persas: eficiente sistema de administração, as satrápias, os "olhos e ouvidos do rei", sistema de correio, moeda Darico, religião dualista.
3.6. Indianos e chineses
Os indianos se fixaram nas margens do rio Indo e do rio Ganges. A sociedade indiana é extremamente imóvel, não é permitida a mobilidade social entre as classes sociais em decorrência da religião bramanista. Filhos de pais de classes diferentes são considerados párias e são excluídos da sociedade. Destacam-se por terem criado os algarismos e desenvolvido a matemática.
Os chineses se fixaram nas margens dos rios Yang-tsé e Hoang-ho. Destacam-se por terem desenvolvido a pólvora, a porcelana, a imprensa e a bússola. Destacam-se também na plantação de amoreiras para o cultivo de bichos da seda, cujos casulos são usados para extrair os fios de seda.
4.1. Grécia
4.1.1. Período Pré-Homérico
A região da Grécia era originalmente habitada pelos pelasgos, mas lentamente foi recebendo outros povos, os eólios e os jônios que chegaram pacificamente e se agruparam aos habitantes originais. Mas quando os dórios, povo de espírito guerreiro e com técnicas de produção de armas de ferro mais avançada, decidiram invadir a Grécia, destruíram diversas cidades provocando uma emigração de gregos para outras áreas costeiras do Mar Mediterrâneo. Esta foi a primeira diáspora grega, e marca o início do Período Homérico.
O que é preciso saber sobre o período pré-homérico: chegada de povos à Grécia, eólios e jônios de forma pacífica, dórios de forma violenta, provocando a primeira diáspora.
4.1.2. Período Homérico
Os grupos que preferiram fugir dos dórios indo para a região montanhosa da Grécia fundou os genos. Estes genos eram sociedades de propriedade coletiva, ou seja, todos tinham sempre direito a tudo. Desta forma, os genos prosperaram, mas acabaram encontrando problemas, pois a população dos genos começou a crescer e era impossível dar trabalho e comida para todos. Por isso muitos acabaram saindo dos genos para morarem em outros lugares ou foram simplesmente expulsos.
Os genos acabaram se dividindo, e os que saíam deles se fixavam em outras regiões, o que provocou a segunda diáspora grega. Os genos procuraram então se fortalecer unindo-se em fratrias. As fratrias se uniram em tribos, e as várias tribos se uniram em pólis.
Muito do que sabemos sobre este período vem das obras Ilíada e Odisséia. Estas obras são de autoria atribuída à Homero, a primeira narra a história da Guerra de Tróia (Tróia era chamada de Ilion) e a segunda a vida de Odisseu.
O que é preciso saber sobre o período homérico: invasão dos dórios, fuga (primeira diáspora), fundação dos genos, aumento da população dos genos, desintegração do sistema gentílico (segunda diáspora), fundação das pólis.
4.1.3. Período Arcaico
Com a fundação das pólis, surge uma novo período na Grécia. Formaram-se cerca de 110 pólis, mas estuda-se apenas Atenas e Esparta por serem as melhores representantes das características das demais pólis.
4.1.3.1 – Esparta
A pólis grega de Esparta se localizou no Peloponeso, e é de origem dórica. Como os Dórios tinham uma grande tradição guerreira, os espartanos adotaram uma rígida sociedade que enfatizava muito o treinamento militar. Desde cedo as crianças eram preparadas e treinadas para a guerra, e caso apresentassem deficiência que prejudicassem seu desempenho em campo de batalha, era responsabilidade da mãe matar o filho.
Politicamente era dominada pela aristocracia (espartanos), que através da diarquia (governo de dois reis), da Gerúsia (senado) e dos éforos impediam o acesso do povo à política. A aristocracia era de origem dórica, a sociedade inferior constituída pelos hilotas era composta por aqueus, que eram maioria frente aos espartanos.
O que é preciso saber sobre Esparta: localiza-se no Peloponeso, origem dórica, ênfase no treinamento de guerra, governado pelos espartanos (aristocracia) que se usava da Gerúsia, diarquia e dos éforos para dominarem os hilotas, que eram maioria.
4.1.3.2 – Atenas
A pólis grega de Atenas se localizou na Ática, e é de origem jônica. A maior parte das outras pólis gregas seguem o modelo de Atenas. Ao contrário de Esparta, Atenas visava muito a educação cultural de seus habitantes.
A primeira forma de governo de Atenas foi a realeza, quando um rei (basileu) assumiu o governo a pólis. Em seguida, um conselho assumiu o poder nomeando 9 Arcontes, iniciando o período do arcontado. A sociedade ateniense não se sentiu satsfeita com o arcontado, fazendo com que Drácon e Sólon promovessem mudanças, instituindo o fim da escravidão por dívidas e a divisão da sociedade em grupos respecitvamente.
Mas ditadores acabam assumindo o governo durante o período da tirania. Clístenes inicia o movimento que derrubou a tirania, iniciando o último período da história de Atenas que foi a democracia. Procurando evitar que novos ditadores assumissem poder, instituiram o ostracismo, que exilava pessoas que ameassassem a democracia por dez anos.
O que é preciso saber sobre Atenas: localiza-se na Ática, origem jônica, ênfase na educação cultural, períodos: realeza/arcontado/tirania/democracia, legisladores Drácon e Sólon (fim da escravidão por dívidas e divisão da sociedade), Clístenes e o fim da tirania, ostracismo = exílio por dez anos.
4.1.4. Período Clássico
Atingindo igualdade de condições no final do período Arcaico, as pólis Atenas e Esparta procuram agora influenciar outras pólis. Neste período, os persas liderados por Dario I chegam até a região da Grécia, naturalmente dispostos a invadi-la. Os atenienses procuram ajudar as pólis nas fronteiras, mas não consegue, ganhando a inimizade dos persas.
Este episódio detona a guerra entre gregos e persas. Atenas e Esparta uniram as pólis sob suas respectivas influências formando a Confederação de Delos, liderada por Atenas e a Confederação do Peloponeso, liderada por Esparta. A Confederação de Delos conseguiu afastar o perigo de uma invasão persa. Durante o período que se segue, Atenas passa pelo Século de Péricles, o período de apogeu da cidade. Vários pensadores passam a se mudar para Atenas.
Mas logo Atenas e Esparta passam a lutar pela supremacia na Grécia, provocando a Guerra do Peloponeso. Isto provoca o desgaste e o enfraquecimento da Grécia diante dos invasores, abrindo caminho para que Felipe II dos macedônios a invadisse e acaba pondo fim à independência grega.
O que é preciso saber sobre o período Clássico: tentativa de invasão persa, formação das confederações, Século de Péricles, Guerra do Peloponeso (enfraquecimento) e invasão de Felipe II.
4.1.5. Período Helenístico
O filho de Felipe II, Alexandre, foi educado pelo filósofo grego Aristóteles, o que criou nele uma mentalidade tipicamente grega. Alexandre expandiu ainda mais o império de seu pai chegando até às margens do rio Indo. Fundou diversas cidades, que chamou de Alexandria, inclusive a Alexandria do Egito. Alexandre morreu cedo acometido por uma febre, e pouco restou de seu império, que foi dividido entre seus generais por não possuir herdeiros com idade para assumi-lo.
Mas a cultura helenística, resultado da fusão da cultura grega com a oriental sobreviveu e foi herdada mais tarde pelos romanos, quando conquistaram a Grécia e a Macedônia.
O que é preciso saber sobre o período Helenístico: Alexandre, filho de Felipe II, educado por Aristóteles, expandiu o império, criou a cultura helenística, fundou Alexandria.
4.2. Roma
4.2.1. Fundação e Realeza
Roma provavelmente se originou de um centro de defesa latino contra ataques etruscos, mas conserva-se também a origem lendária, contada na obra Eneida, do poeta Virgílio. Conta a história que os irmãos Rômulo e Remo, os fundadores de Roma, teriam sido salvos e criados por uma loba, e que depois de crescidos, Rômulo teria se tornado o primeiro rei de Roma. Pouco se sabe sobre o período em que Roma foi governada por reis, sabe-se que a sociedade era dividida em três camadas: patrícios (aristocracia, possuidora de terras), plebeus (homens livres) e escravos (prisioneiros de guerra) e que embora o rei detivesse todos os poderes para governar, era limitado pelo senado.
O que é preciso saber sobre a fundação e a Realeza: origem de um centro de defesa, origem lendária contada na Eneida de Virgílio, classes patrícios (aristocracia) / plebeus (livres) / escravos (prisioneiros de guerra), poder do rei limitado pelo senado.
4.2.2. República Romana
O último rei de Roma, Tarqüínio, o Soberbo, foi derrubado pelo senado com a ajuda dos patrícios. Roma passou a ser governada por cônsules, sempre em dois, que presidiam o senado e as assembléias centuriais. A assembléia centurial era a mais importante, reunindo plebeus e patrícios em postura militar, enfileirados de cem em cem (por isso centurial).
Os plebeus não tinham representação política, e após uma "greve" (retirada para o Monte Sagrado) exigindo representação, ganham o direito de nomearem os tribunos da plebe. Outras revoltas plebéias acontecem, levando aos direitos de casamento entre classes sociais e a elaboração da Lei das 12 Tábuas, que foi a primeira união de leis romanas na forma escrita.
É durante a República que começa a política de conquistas dos romanos baseada na máxima Mare est nostrum (O mar é nosso) que pretendia transformar o Mar Mediterrâneo em uma lagoa romana. Primeiro conquistou-se toda a península itálica, em seguida conquistam Cartago durante as Guerras Púnicas. Por fim, conquista-se a Grécia, o Egito, a Macedônia e a Península Ibérica.
As guerras provocaram um grande afluxo de riquezas para Roma, levando a uma acentuação na diferença entre as classes sociais. O aumento no número de escravos obtidos nas guerras para trabalhar nas grandes propriedades tornava a concorrência com o pequeno produtor injusta, o que provocava sua falência e o êxodo rural. Nesse período surge a tentativa dos irmãos Graco de conseguir uma reforma agrária, mas nada é conseguido. Tibério Graco foi assassinado em um tumulto no senado e seu irmão Caio Graco foi perseguido e pediu para que seu escravo o matasse.
A desordem cresce, surgem então elementos fortes na sociedade romana que passaram a governar em três. Surge entao o Primeiro Triunvirato que contou com Júlio César, Pompeu e Crasso. Pompeu e Crasso foram mortos, sobrando apenas Júlio César, que tinha a oposição do senado. Criou o mês de julho e recebeu o título de césar (o nome dele era Caio Júlio). Foi morto a punhaladas em pleno senado, não chegando a ser ditador.
Surge o Segundo Triunvirato com Marco Antônio, Otávio e Lépido. Marco Antônio e Lépido acabaram perdendo poder frente a Otávio, que recebeu o título de augusto (o divino), sendo aclamado como imperador (o supremo).
O que é preciso saber sobre a República romana: lutas dos plebeus por maiores direitos, Lei das 12 Tábuas, política do Mare est nostrum, conquistas romanas, aumento no número de escravos, êxodo rural, reforma agrária dos irmãos Graco, primeiro e segundo Triunviratos, ascensão de Otávio Augusto.
4.2.3. Império Romano
Otávio Augusto assumiu como imperador de Roma, iniciando o período de apogeu do império, chamado Século de Ouro. Cessaram-se as conquistas (pax romana), o que provocou a falta de escravos. Para distrair o povo enquanto os problemas aconteciam adotou a política do "pão e circo". Se o povo estivesse se divertindo e estivesse bem alimentado não reclamariam. Distribuiu trigo ao povo e promovia grandes espetáculos com gladiadores. Foi no seu reinado que nasceu Jesus em Belém de Judá.
Após Otávio Augusto, assumem imperadores que não conseguem controlar a crise em Roma ou assumem simpesmente loucos. Sob o governo de Tibério Jesus é crucificado, Nero ateia fogo em Roma e Calígula nomeia seu cavalo como oficial do exército, embora tenham havido imperadores que conseguiram manter bons reinados como Trajano e Marco Aurélio.
Mas a situação se torna incontrolável. A inflação, o déficit, a falta de mão de obra e o cristianismo em crescimento abalam as estruturas do império. São tomadas atitudes como o congelamento de preços, a Lei do Colonato que obrigava a fixação de pessoas no campo, o que deu início ao trabalho servil que predominou durante toda a Idade Média. O imperador Teodósio acaba dividindo o império em duas partes, a Ocidental teria capital em Roma, e a Oriental teria capital em Bizâncio, que mais tarde passa a se chamar Constantinopla. O cristianismo é oficializado e as perseguições aos seguidores de Jesus acabam. Com isso consegue-se apenas corroer mais profundamente as estruturas do império, já que a sociedade romana se baseava na escravidão e o cristianismo pregava a igualdade.
Por final, o império não resistiu aos invasores bárbaros e o Império Ocidental caiu em 476 quando os hérulos liderados por Odoacro derrubam o último imperador, Rômulo Augusto. O Império Oriental ainda vai se desenvolver durante o império de Constantino, mas em 1453 (quase mil anos mais tarde!) é tomado pelos turcos otomanos.
O que é preciso saber sobre o Império romano: governo de Otávio Augusto, apogeu do império, Século de Ouro, "pão e circo", decadência do império, divisão do império, oficialização do cristianismo, fixação dos trabalhadores à terra (colonato), queda do Império Romano Ocidental em 476, queda do Império Romano Oriental em 1453.
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