30 de mai. de 2010

Patrimônio Cultural


I. Patrimônio Cultural:

· Ultimamente, os jornais, as revistas e a própria televisão estão a dar ênfase a uma assunto até há pouco sem interesse maior ao povo, que é esse tema ligado às construções antigas e seus pertences, representativos de gerações passadas e que, englobadamente, recebem o nome genérico de “Patrimônio Histórico”, ao qual, às vezes, também é aposta a palavra “artístico”. Na verdade, essa expressão usual abrange somente um segmento de um acervo maior, que é o chamado Patrimônio Cultural.
· Patrimônio Cultural pode ser definido como um conjunto de bens culturais, antigos e novos, representativo das manifestações culturais de uma nação ou de um povo.
· É incomensurável o número total de bens que compõem o Patrimônio Cultural de um povo, de uma nação ou de um pequeno município.
· O Patrimônio Cultural de uma sociedade ou de uma região ou de uma nação é bastante diversificado, sofrendo permanentemente alterações.
· Nem só de cidades e monumentos é formado o Patrimônio Cultural: quadros, livros ou mesmo fotografias que documentem a memória e os costumes de uma época também fazem parte do acervo cultural.
· Muitas pessoas, ainda hoje, confundem Patrimônio Cultural com amontoado de velharias, não sabendo que agora também estão, enquanto vivem, a enriquecer, ou a empobrecer, nosso elenco de bens representativos.
· A problemática do Patrimônio Cultural deve ser encarada de modo bastante abrangente, isto é, abordando todo o elenco de bens culturais de um povo, sem atentar, necessariamente, ao aspecto histórico.
· Patrimônio Oficial é aquele que legalmente reúne poucos e escolhidos bens culturais eleitos como preserváveis à posteridade.
· Nenhum país pode se vangloriar de possuir preservado o seu integral Patrimônio Cultural, representado de modo condigno por acervos museológicos, arquivos, mostruários, construções e urbanizações partícipes de ecomuseus que realmente sejam representações corretas de todo o seu desenvolvimento cultural.
· Podemos dividir o Patrimônio Cultural em três grandes categorias de elementos: os elementos pertencentes à natureza, ao meio ambiente; os elementos referentes ao conhecimento, às técnicas, ao saber e ao saber fazer; e os elementos chamados bens culturais que englobam objetos, artefatos e construções.
· Os bens culturais podem ser de interesse (valor) nacional, regional ou local.
· O Patrimônio Cultural deve ser encarado de modo bastante abrangente, não se limitando ao aspecto arquitetônico, ou seja, às construções antigas e seus pertences.
· O Patrimônio Cultural de um povo abrange todas as suas manifestações culturais, não só seus artefatos, mas, também sua música, dança, cantos, representações e histórias do povo, seus usos, costumes, assim como o seu “saber”, o seus “saber fazer” e, inclusive, o meio ambiente.
· De todos os elementos que compõem o Patrimônio Cultural, os mais importantes são os artefatos, ou seja, objetos e construções.
· A palavra artefato, quando contextualizada no tema Patrimônio Cultural, tanto pode designar um machado de pedra polida como um foguete interplanetário ou uma igreja ou a própria cidade em volta dessa igreja.
· Nosso pais é jovem e nos seus quinhentos anos de vida conseguiu aqui e acolá seu acervo de bens, absolutamente típicos de uma cultura nascida de três raças em paisagem paradisíaca.
· No próprio nome da entidade oficial destinada à defesa do “Patrimônio” Nacional Brasileiro, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), se distinguem apenas os bens “artísticos” dos “históricos”, desconsiderando a abrangência da problemática do Patrimônio Histórico.

II. Preservação do Patrimônio Cultural

· Preservar é conservar, manter, defender, registrar e resguardar, de qualquer maneira, o que for significativo dentro de nosso vasto repertório de elementos componentes do Patrimônio Cultural.
· Um bem cultural é inseparável do meio onde se encontra situado e, bem assim, da história da qual é testemunho, logo, na sua preservação, é imprescindível relacioná-lo com o seu meio ambiente, com sua área envoltória, com seu contexto sócio-econômico, recusando-se a encará-lo como trabalho isolado no espaço.
· O tombamento é um atributo que se dá ao bem cultural escolhido e separado dos demais para que, nele, fique assegurada a garantia da perpetuação da memória.
· Bem cultural de interesse nacional é aquele ligado ao quadro de elementos determinadores da identidade pátria, imprescindíveis à exata compreensão da nossa formação.
· O Patrimônio Cultural deve ser preservado e não importa a forma: se através de coleções particulares, do mercado de arte ou da proteção de entidades governamentais. O necessário é preservar, já que o que não é patrimônio histórico desaparece com o tempo.

III. Memória Social

· A memória social depende da preservação sistemática de segmentos do Patrimônio Cultural.
· Para garantir a compreensão de nossa memória social, se faz necessário preservar o que for significativo dentro de nosso vasto repertorio de elementos componentes do Patrimônio Cultural.
· No Brasil, poucos, muito poucos, têm uma visão global do problema e da necessidade da defesa da memória e de seus bens representativos.
· Em nosso país, é comum o descaso impune que assiste à destruição desnecessária de elementos do Patrimônio Cultural.
· No Brasil, é clara a falta de esclarecimento popular sobre a importância da preservação de nosso Patrimônio Cultural. Esta deseducação coletiva promove o descaso popular por tudo que represente o passado morto, sendo o futuro sempre uma espécie de sonho dourado - inconscientemente buscam todos melhoria de vida destruindo lembranças de antigamente.
· A preservação de bens culturais, na maioria das vezes, limitou-se a preservar objetos e construções da classe dominante, negligenciando os artefatos do povo.

IV. Patrimônio Cultural de Sergipe

· A restauração do centro histórico de Aracaju, ou seja, dos mercados Antônio Franco e Thales Ferraz, representa um avanço na questão do Patrimônio Cultural em Sergipe.
· Contudo
, a maior parte do acervo de bens que compõem o nosso Patrimônio Cultural, inclusive os tombados, é vítima do descaso do governo e da população.
· Mesmo tombado pelo governo, o patrimônio arquitetônico de Sergipe está abandonado e muitos monumentos já se tornam ruínas: Igreja Matriz Nosso Senhor dos Passos (Maruim), Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Neópolis), Capela da Fazenda Santa Aninha (Laranjeiras), Igreja de Nossa Senhora de Nazaré (São Cristóvão), Prédio do Cultart (Aracaju),  Carrossel do Tobias, Casarões e Igrejas em São Cristóvão e Laranjeiras.
· O Museu Histórico de Sergipe foi criado em 1960, tendo como finalidade dar proteção aos bens culturais de Sergipe e expor sua coleção à visitação pública.
· A primeira idéia de preservar o Patrimônio Artístico-Sacro de Sergipe foi de Dom Fernando Gomes, que se preocupava com o desaparecimento continuo de peças do Acervo Sacro de Sergipe.
· O Acervo Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico da cidade de São Cristóvão é considerado Monumento Nacional (Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
· O Museu de Arte Sacra de São Cristóvão possui em seu acervo objetos que se distinguem pela alta qualidade artística, outros pelo sentido histórico ou, ainda, pela riqueza do material empregado em sua confecção como o ouro, a prata e pedras preciosas.
· O Museu de Arte Sacra de Laranjeiras foi criado com a finalidade de preservar o Patrimônio Artístico de Laranjeiras.

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