Por Elder Muniz | eldermuniz@yahoo.com.br
A câmara de vereadores de Pirambu deu mais uma prova de seu amor egocêntrico. O histórico desta casa do legislativo municipal é extremamente negativo, com algumas exceções é claro! Legislam em causa própria, numa prova inequívoca de desrespeito aos cidadãos pirambuenses. Mas não era de se esperar outra coisa. Com a renovação desqualificada que ocorreu na última eleição, a propensão é que esta casa transforme-se definitivamente num condomínio de luxo ao bel prazer de seus proprietários, pois é desta forma que ele vêem o patrimônio público (se é que enxergam alguma coisa).
Tomados pelos vícios da institucionalidade, tentam ganhar brilho na luz opaca das sombras do egoísmo que os rodeia. Vivem o êxtase da ascensão político-social promovida pelo status gerado pelos interstícios do poder. Embriagados com a água da fonte dos prazeres, concebem o mundo como um paraíso encantado, em que eles são magos com poderes especiais capazes de possuir tudo aquilo que anseiam, apenas com o poder da caneta, que boa parte deles, sequer sabem segurar.
Cegos pela ambição, não conseguiram esperar nem o fim do primeiro mês de legislatura para iniciar suas ações de imoralidade pública. Enquanto os funcionários do município sofrem com os atrasos de salários como forma de castigo aplicado pelo ?supremo senhor administrador? a câmara de vereadores comemora o seu triunfo salarial sobre as mazelas do povo (com exceção para os que votaram contra). Uma festa privada, em que o acesso é restrito àqueles que, se poderem, vedem a alma ao diabo em troca de vantagens pessoais. Mas de quem é a culpa? Será que é deles ou é do povo?
A falta de decoro já uma característica peculiar destes que ocupam as cadeiras douradas da casa da mãe dos filhos desamparados. É o refúgio dos que procuram a paz financeira. Homens comprometidos apenas com o banquete que este espaço institucional pode lhe oferecer. O modus operandi maquiavélico como é conduzido os trabalhos do legislativo demonstram explicitamente a displicência destes que se predispuseram a representar o povo, mas que mal conseguem representar-se. É preciso reconhecer que não se pode cobrar muito daqueles que sequer sabem assinar com exatidão o próprio nome.
A história se encarregará de dizer qual final teremos para os ilustres homens de gravata, mas que ainda comportam-se de modo pueril. Os sábios magos que conhecem os segredos do caminho espúrio da prosperidade imoral que tanto almejavam. Espero apenas que o povo um dia consiga acordar do sono profundo no qual se encontra. E que consiga ver o mundo sem essa venda escura que encobre seu rosto, Talvez desta forma possamos pensar que a pesar ?deles? amanhã há de ser outro dia!
* Elder Muniz é estudante do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Sergipe e cidadão pirambuense
¹ Artigo publicado em 05 de Fevereiro de 2009, republicado nesta data só para refrescar a memória dos leitores da Tribuna da Praia e eleitores de Pirambu (semanalmente vamos publicar textos como estes, só para mostrar que o povo vai cobrar mais na frente)!
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