20 de jun. de 2008

Começam as definições de chapas majoritárias

Desde o dia 10, até o dia 30, muitas águas vão rolar, com a alternância das cartas a mesaPor Claudomir Tavares claudomir@infonet.com.br

Em todo o país, os partidos políticos caminham para as definições de como sairão para a disputa eleitoral do segundo semestre. Pirambu, Japaratuba e Propriá vivem momentos decisivos para que os partidos definam quais times serão colocados em campo até o dia 30 de Junho, para disputar o campeonato que terá início em 05 de julho e se encerra em 05 de outubro com a definição dos eleitos.

A partir de hoje vamos iniciar uma série de textos fazendo uma reflexão sobre o momento político que estamos vivendo, buscando interagir com nossos leitores sobre quais passos a sociedade deverá dar, além de acompanhar de forma presente. Naturalmente que, diariamente, o cenário da manhã nem sempre será o mesmo ao cair da tarde, pela dinâmica do processo e pela vulnerabilidade das posições assumidas, nem sempre encaminhadas, aguardando os 45 minutos do Segundo Tempo (leia-se 30 de junho).

I – Japaratuba

Na cidade de Japaratuba, onde o cenário aponta para quatro candidaturas proporcionais, uma delas já definiu quem serão seus principais atletas (tipo Pelé – Garrincha). O grupo liderado pelo deputado estadual André Moura (PSC) realiza sua convenção no próximo domingo, e a chapa já está definida com Lara Moura (PR) disputando um mandato de prefeita e o ex-prefeito Pedro Moura (PPS) como seu companheiro de chapa, disputando um mandato de vice-prefeito. A dúvida fica por conta se Pedro manterá o projeto de candidatura do seu filho, Demóstenes Moura, o Deco (DEM), que pretende concorrer a Câmara Municipal, por onde já passou seu tio Osman Moura e atualmente está ocupado por um outro, Albertino Moura (PDT), atual presidente da Poder Legislativo Municipal, mas integrante da base de sustentação do prefeito Padre Gerard Olivier (PT).

Enquanto o principal grupo de oposição parece ter resolvido seus problemas, dúvidas e expectativas da chapa majoritária, a base aliada ao prefeito Gerard Olivier deu um tiro no pé. O Encontro Municipal do PT, realizado no último domingo, dentro do Calendário Partidário, deliberou que os petistas indicariam o candidato a vice-prefeito de Hélio Sobral (PMDB) e que este seria o vereador por dois mandatos, o Luciano Acciole, do povoado São José. Fundador do Acampamento da Juventude e do CaatingArt, Luciano tem uma sintonia biunívoca com os movimentos sociais, culturais e ecológicos do município. Seu nome é o que mais tem ecos no partido, mas não nutre a simpatia das altas ‘patentes’ do partido, os chamados ‘capas-pretas’. Ele faz uma série de acusações que envolve figuras como Mariza Ramos, Genilson Rocha, André de São José, e outras lideranças bastantes ligadas ao prefeito e a deputada estadual Conceição Vieira.

Seja qual for o resultado deste embate, o grande perdedor foi o Partido dos Trabalhadores, que teve seu Regulamento Eleitoral estuprado, e a pré-candidatura de Hélio Sobral, que neste momento precisava da união do partido que em Japaratuba está na prefeitura, em Sergipe no Governo do Estado e no país, na Presidência da República.

Seria legítimo, ou mais honroso que aqueles que, democraticamente tenham aversão ao vereador Luciano Acciole, que propusessem que o vice seja escolhido dentro de outro partido, o que seria definido pelo conjunto das forças (PMDB, PT, PSB, PC do B, PDT e outros menores) que integram o grupo de sustentação ao prefeito Padre Geraldo e ao pré-candidato Hélio Sobral. A estratégia adotada, parece que precisa ser reavaliada, para que o estrago não seja maior que aquele já de domínio público.


Continua...

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