FIGURA 06 – Exutório do Rio Japaratuba entre os municípios de Pirambu (à esquerda) e a Ilha de Santa Luzia no município de Barra dos Coqueiros (à direita). (Foto de Samara Santos Ferraz, 2010).
À proporção que o rio desenvolve-se para a jusante, os tributários manifestam a perenidade, pois nessa região há uma maior quantidade de chuva e também pelo caráter litológico presente, embasamento cristalino e bacia sedimentar. A inundação ocorrente neste rio e nos tributários deve-se aos solos impermeáveis e com a topografia plana. O que também vem provocando essas inundações são os desmatamentos, devido à utilização agrícola e atividades industriais. No baixo curso dos afluentes a bacia apresenta locais de exploração de petróleo, gás e potássio. O abastecimento público da região é feito principalmente pelos aqüíferos ressaltando, o aquífero quaternário.Condições de tempo e clima do Leste Sergipano
(Ecilene Meneses Lucas; Samara Santos Ferraz; Thiagony Hellen de Jesus Santana Vieira; Valdenice Oliveira Alves)
As massas de ar ao se deslocarem provocam mudanças de tempo, e são originadas nas regiões onde o ar apresenta as mesmas características de temperatura, pressão e umidade. Estas podem ser classificadas, como massas tropicais continentais, massas tropicais marítimas, massas polares continentais e massas polares marítimas. Os tipos climáticos no mundo são visíveis através das massas de ar atuantes num determinado local junto com as temperaturas do ar e os índices pluviométricos. Os tipos climáticos presentes são: “Equatorial, tropical, subtropical, desértico, semiárido, mediterrâneo, temperado, frio, polar e frio de montanha” (KOPPEN, apud SANTOS, 2009).
O Brasil situado quase totalmente na zona tropical é representado com tipos climáticos que diferem de uma região para outra, no qual podem ser encontrados o “clima equatorial úmido e equatorial semiúmido (controlados pela ZCIT), clima semiárido (célula de alta pressão sobre a região dificulta a entrada de massas estas sendo dissipadas pela divergência anticiclônica sobre a região), clima tropical de altitude (a altitude acima de 1000m determinam condições especiais de clima) e clima subtropical (domínio de massa polar atlântica e dos sistemas atmosféricos extratropicais)” (ROSS, 2009). No nordeste do Brasil a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), atua de forma preponderante com a presença dos alísios tanto de sudeste como de nordeste originados no hemisfério norte e hemisfério sul. O deslocamento da ZCIT interfere na circulação oceânica e nas correntes costeiras. O Estado de Sergipe, situado no nordeste brasileiro na parte oriental, apresenta como característica climática a atuação anual do “anticiclone semifixo do Atlântico Sul que dá origem as massas de ar Tropical Atlântica e Equatorial Atlântica. Defini-se para Sergipe, três zonas climáticas pelos índices de umidade e temperatura: Litoral úmido, agreste e o Semiárido” (FONTES, 2010).
No território do leste sergipano as chuvas se distribuem durante todo o ano, concentrando-se de março a julho, havendo somente de um a três meses secos, com os totais anuais oscilando entre 1.000 e 1.400 mm anuais. A temperatura se mantém elevada, em torno dos 25° c, e pouco varia ao longo dos meses, pela proximidade do oceano. Os efeitos das secas são pouco observados por se tratar de uma região de rios perenes e chuvas freqüentes, embora seja a parte que menos chove em toda a costa oriental do nordeste brasileiro. “o clima semiúmido com distribuição das chuvas nos meses de março a julho e temperaturas médias em torno de 25°” (SEPLAN, 2008).
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¹ FRANÇA, Vera Lúcia Alves et al. Atlas escolar Sergipe: espaço geo-histórico e cultural. João Pessoa, PB: Editora Grafset, 2007.
² FONTES, Aracy Losano. Clima e cobertura vegetal. Aracaju: Material didático elaborado para a disciplina de Geografia Regional do Curso de Geografia - UNIT, 2010.
³ ROSS, Jurandyr L. Sanches (org.). Geografia do Brasil. 6. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.
4 SEPLAN. Plano de desenvolvimento do território – Leste Sergipano. Secretaria de Estado do Planejamento de Sergipe, 2008.
Fonte: O Espaço do Geógrafo
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