7 de out. de 2010

Vida de Arthur Bispo do Rosário leva troféu de melhor filme de ficção brasileiro

O filme “O Senhor do Labirinto” ganhou o Troféu Redentor de Melhor Filme de Ficção Brasileiro Eleito pelo Juri Popular no Festival do Rio de 2010, durante solenidade realizada nesta terça-feira (05/10) no Odeon Petrobrás. A película retrata a história do artista plástico, natural de Japaratuba/SE, Arthur Bispo do Rosário, e foi gravada, quase em sua totalidade, em Sergipe com o apoio do Banese.

O Festival do Rio 2010, além do voto da crítica especializada, também escolhe seus filmes preferidos por meio do voto popular, recolhido ao final da sessão de cada filme concorrente. O resultado foi apurado e anunciado na cerimônia de encerramento, com entrega dos troféus para os vencedores.

O prêmio de Melhor Longa Metragem de Ficção pelo Voto Popular ficou com “O Senhor do Labirinto”, de Geraldo Motta, que levou ao grande público a história de Arthur Bispo do Rosário, artista esquizofrênico que passou 50 anos de sua vida internado em um manicômio, realizando um trabalho artístico com bordados, textos e ready-mades mumificados – objetos enrolados em linhas desfiadas do uniforme hospitalar.

O Bispo, interpretado pelo ator Flávio Bauraqui, foi um homem que a partir de seu trabalho, realizado depois dos anos 1960, lançou um novo olhar sobre os limites em que a sensibilidade artística cruza caminhos com a insanidade clínica. Rodado quase que totalmente em Sergipe, o filme conta, em seu elenco, com novas promessas como Irandhir Santos e atores consagrados como Maria Flor, além de talentos sergipanos como: Andréia Vilella e Diane Veloso.

De acordo com a produtora da Tibet Filmes, Thais Mello, a realização do filme só foi possível graças ao apoio incondicional ao projeto por parte do Governo de Sergipe e do Banese, segundo ela grandes parceiros. “Esse prêmio é para todos os que participaram direta ou indiretamente da produção do filme ‘O Senhor do Labirinto’, a todos aqueles que acreditaram nele e que não mediram esforços para a sua realização, dentre eles o Banese”, ressaltou Thaís Mello.

Para o Superintendente do Instituto Banese, José Edson Pereira Lima, o banco dentro de sua responsabilidade com a cultura não podia estar de fora desse grande projeto que retrata a vida e obra de uma importante personalidade sergipana que era desconhecida por muitos. “O resultado do filme é muito satisfatório para o Banese que tem investido na cultura sergipana de forma bastante significativa", concluiu Édson Lima.

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