No último final de semana ele esteve pesquisando o Samba de Aboio no povoado Aguada
Por Claudomir Tavares * | claudomir@tribunadapraia.net
De filiado, evoluiu para militante, chegando a condição de dirigente político. De ativista dos movimentos sociais a um dos mais destacados executivos de sua cidade. Combatido por uns (natural), admirado por uma legião (cultural), José Alberto Amorim está distante de ser um cidadão perfeito (como ele humildemente reconhece), mas está a anos luz de sua geração (reconhecimento dos que são testemunhos de sua trajetória), pelo que este propriaense tem fincado nas páginas da História da Princesinha do São Francisco.
Como acreditando que há tempo para tudo entre o Céu e a Terra, Amorim concluiu em 2009 seu curso de História-Licenciatura Plena, integrante da primeira turma da Universidade Estadual Vale do Acaraú/Sergipe, estando seguindo os caminhos dos seus melhores mestres: Heródoto, Galileu, Karl Marx, Marc Bloch, Erick Hobsbawm e Jussuê Ferreira, entre outros. Ele tem sido um incansável e com uma sede premente de pesquisa, qualidade imprescindível para os historiadores que valorizam a Clio.
Amorim tem viajado, feito palestras, pesquisado e apresentado o objeto de sua pesquisa de graduação, que resgatou a presença da Ditadura Militar em própria, um trabalho digno dos mais honestos elogios de quem teve a oportunidade de conhecê-lo, a exemplos dos estudantes do Ensino Médio do Colégio Estadual Joana de Freitas Barbosa (Polivalente), o maior e mais representativo do baixo São Francisco em Sergipe e da Universidade Tiradentes (Unit), através do Campus de Propriá.
Falar de Amorim levaria a escrever várias laudas e assim, voltaremos a registrar as pegadas deste professor-historiador-pesquisador, tripé de quem está no mundo como um agente e não paciente da História. Assim, vamos contar um fuxico: no último sábado ele esteve no povoado Aguada, de fortes tradições culturais, pesquisando sobre o grupo folclórico ‘Samba de Aboio’. Mostra assim, que, identificado com seus princípios, faz opção pela vertente da cultura popular.
Parabéns mestre, pois segundo o grande João Guimarães Rosa, “mestre não é quem sempre ensina ( e você nos tem ensinado muito), mas quem sempre aprende” (e temos aprendido muito com você), e você tem aprendido no calor diário a nos ensinar as melhores lições de um profissional cada vez mais raro, mas que para grata surpresa existe,sendo você um espécie que precisamos perpetuar. “Um cheiro no coração”, como diria o professor Paulo Roberto Ayres de Freitas Britto, um velho (não tanto conhecido seu.
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* Professor de Cultura Sergipana no CE Joana de Freitas Barbosa e de história no Pré-Universitário – Pré-Uni/SEED
Fonte: TRIBUNA DA PRAIA.net - Em: 16/08/2010
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