3 de set. de 2009

Zé Nilton: Ainda há tempo para acertar

Prefeito tem tempo e condições de salvar administração, basta vontade política
Por Claudomir Tavares | claudomir@infonet.com.br

Distante de nós torcermos pelo quanto pior, melhor. Demos provas disso ao manifestar já no dia 06 de outubro de 2008, ao parabenizar ao então prefeito eleito José Nilton de Souza (PMDB), desejando-lhe muita sorte na administração que iniciaria em 1º de janeiro de 2009. O fizemos por acreditar que, diante de sua trajetória na iniciativa privada, poderia dar uma importante contribuição a administração pública, além de acreditar que a nova administração teria todos os credenciais para promover uma virada no caos que se estabeleceu em Pirambu nos últimos anos.

O prefeito afirmou peremptoriamente que poderia desagradar um aliado, mas jamais o povo de Pirambu e que era o prefeito de todos. Teve todas as condições de inteirar-se do ônus e do bônus da administração municipal do aliado Antônio Fernandes de Santana (PMDB), portanto não encontrou surpresa ao assumir o comando do município. Ocorre que, após sua posse, as contas começaram a chegar, oriundas de administrações passadas, mas que a dívida era, por presunção do direito, do município e não dos prefeitos, não querendo dizer que os mesmos devam ser isentos de suas responsabilidades, em função de possíveis atos indecorosos, de improbidade administrativa. A sociedade não aceita, e nós corroboramos com ela, com as penalizações que tem vitimado milhares de pessoas.

Nos últimos meses tem sido repetida a cantilena de que a administração Zé Nilton tem sido engessada pelo pagamento de contas de inquilinos anteriores. Agrava-se a isso a perda dos royalties em função da peleja jurídica com o vizinho município de Pacatuba. Não estamos aqui querendo apenas condenar o gestor pela inoperância da sua gestão, considerada pela maioria como uma das mais ineficientes da História. Mas aqui, se nos permite, fazemos um apelo ao prefeito Zé Nilton: que abra a caixa preta da administração, inclusive a sua. Não precisa cair no denuncismo, como negou que fizesse o prefeito, mas abrir as contas do município, como fez o interventor Moacir Santana, de triste memória, em uma grande Plenária realizada no Clubinho da Tartaruga em setembro de 2007.

Para tanto, o prefeito não deve abusar da pirotecnia política, devendo desarmar-se do espírito, aceitar, com humildade, as críticas e ponderações a respeito de sua administração. Deve levar a público informações com relação a receitas, despesas detalhadas, dívidas acumuladas, cargos em comissão (uma verdadeira farra de contratações apesar da crise), acompanhar mais de perto a ação de alguns de seus principais auxiliares, muitos deles com espírito e alma remanescido de administrações e resquícios do passado, adicionados com requintes de crueldade.

Acreditamos e torcemos com a mais pureza d’alma, que o prefeito irá se redimir dos incontáveis equívocos cometidos e, em mais de três anos que ainda lhe resta, corrigir as falhas e fazer uma administração acima da média.

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